quarta-feira, 11 de julho de 2007

Comunidades Virtuais


De acordo com uma perspectiva utópica, a Internet fornece um esmagador potencial para o desenvolvimento de comunidades, aumentando exponencialmente o capital social e humano, permitindo a participação democrática em todas as decisões políticas (Katz & Rice).

Longe de qualquer idealização ou condenação, é inegável que as novas tecnologias da comunicação, nomeadamente a Internet, vieram introduzir novas práticas sociais e novas formas de entender e estudar a cultura, abrindo possibilidades a novas formas de pensamento, acção e interacção social. Com efeito, essas práticas sociais traduzem-se na produção e multiplicação de páginas web, grupos de discussão, chatrooms e blogs, envolvendo-as numa complexa relação entre a tecnologia, a Internet, o tempo e o espaço.

Precisaremos nós de repensar a forma como temos vindo a estudar a cultura e a sociedade?

A redução de pistas sociais na comunicação mediada por computador (CMC) retira do contexto social, características como o género, a idade, a raça, o estatuto social, as expressões faciais e a entoação da voz. No entanto, este facto, longe de limitar ou constranger a comunicação, permite, pelo contrário, uma experiência social rica e complexa (Hine). Em contraponto--e complemento--ao argumento anterior, a tensão e a fragmentação também têm existência recorrente neste tipo de comunicação (Mitra) embora, segundo Reid, também permita a construção duma cultura através duma linguagem partilhada e do desenvolvimento de formas nas quais os participantes se conseguem tornar presentes uns aos outros através do texto.

Neste contexto, já Rheingold referira o nível de compromisso e de ligação experienciados pelos utilizadores, cunhando o termo de “comunidade virtual”, e constatando que a CMC permite a sua constituição e existência.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Avatares

Ganesha, Chennai, Índia (Saulo Araújo)

Das situações mais interessantes que tenho observado neste real expandido (acabei de criar uma nova designação?) que é justamente a virtualidade, é a da possibilidade de actualização das unidades plásticas, vulgo avatares.
Se a epistemologia ocidental sempre foi avessa à inclusão destas entidades no seu território, é extraordinário como a Web tem sido um terreno propício para a sua manifestação... Voltámos à indistinção primitiva, à "impossibilidade" de delimitar, categorizar, classificar... o Outro.
Identidades múltiplas e escorregadias? Muito interessante :)))

terça-feira, 3 de julho de 2007

Dúvida

Quando o corpo se estranha, o cansaço nos tolhe os passos e prende a voz; quando, serenamente, intuimos que talvez sejamos uma personagem no sonho de alguém, tornamo-nos místicos?

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Soundscapes

Brandon LaBelle


As nossas paisagens sonoras são formadas pela experiência cultural e circusntâncias pessoais.

sábado, 30 de junho de 2007

Blind Date

Era uma vez… era uma vez uma mulher canhota, talvez não tanto como no texto do Peter Handke, mas igualmente líquida e inquieta. Sei isso porque a polifonia dos seus dedos circunscreviam uma solidão desesperada. Esta mulher de que falo, conheci-a, ou melhor, ouvi-lhe as palavras, num chat room. Os seus inúmeros nicks eram links de arquétipos românticos… eruditos, por isso vulgares. Desconcertava-me tamanho espartilho e clausura. Sempre que a reconhecia pelo seu vazio entre o vasto número de utilizadores do canal, brincava, chamando-lhe Marnie perguntava-lhe que cor tinha então o seu cabelo, na fuga… As suas múltiplas imagens pensavam-se em mim, materializando-se, e apesar de não lhe conhecer a textura da voz, ela só podia ter todas as faces, sorrisos e brilhos da Gena Rowlands

Escolhi vermos juntos este filme do Wong Kar-Wai porque a música sublinha na perfeição esta espera.

Não consegui esperar lá dentro! Não sei porquê… Era uma vez uma mulher canhota…
Estou nervoso? Claro que estou nervoso! Fomos longe demais nas nossas lucubrações… Combinámos que a esperaria sentado no lugar e lhe deixaria o bilhete reservado… na bilheteira… que assistiríamos ao filme lado a lado, só isso…

Ela é todas as que por aqui passam naquela direcção, não podendo nesta ser nenhuma… Tenho vontade de fechar os olhos, e ler-lhe os passos. Será ela agora, apressada? Ou será que também a ela lhe faltou coragem, enviando alguém no seu lugar?

segunda-feira, 25 de junho de 2007

terça-feira, 12 de junho de 2007

Alice

Tecnologia, linguagem e limitações
Chat wih me...



Linguagem e lógica

The Hatter opened his eyes very wide on hearing this; but all he said was, `Why is a raven like a writing-desk?'
`Come, we shall have some fun now!' thought Alice. `I'm glad they've begun asking riddles.--I believe I can guess that,' she added aloud.
`Do you mean that you think you can find out the answer to it?' said the March Hare.
`Exactly so,' said Alice.
`Then you should say what you mean,' the March Hare went on.
`I do,' Alice hastily replied; `at least--at least I mean what I say--that's the same thing, you know.'
`Not the same thing a bit!' said the Hatter. `You might just as well say that "I see what I eat" is the same thing as "I eat what I see"!'

Lewis Carroll

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Ethnografeast III


Certamente faltarão à Festa muitos contextos etnográficos. Onde estão os trabalhos sobre comunidades virtuais? O Webbing Ring do Miguel Vale de Almeida está lá, bem como a velha questão da tradução e da mediação cultural. Tudo isto é uma boa razão para dar uma espreitadela e, já agora, ouvir o Michael Herzfeld...

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Cartografia V

Comunidades virtuais, segundo XKCD.

sábado, 26 de maio de 2007

Second Life: UA expulsa dois visitantes da ilha

jpn

"um dos visitantes foi banido, porque estava sempre a insultar todas as pessoas, e outro foi expulso, porque ia para a ilha com o único objectivo de «engatar» outros visitantes."
Nada de extraordinário. Segundo Claudia Springer, a realidade virtual não deve ser pensada em oposição à realidade "real", mas como uma extensão desta.

Arte em ambientes não tradicionais

Behind Silent Curtains

"Cassius Al Madhloum is a Palestine-born painter, a recent entrance within the international art circuit, currently living and working in southern Iran. His oeuvre, empowered by the belief that "it doesn't take much to paint", conveys what the artist terms "verisimilitude as gentle magic". His work most often includes subjects drawn from Arab and Iranian modernism, evoking the ways in which the visual lexicon of the mass media employ such motifs. As for the work on display at A-WAL, in the words of the artist, "Behind Silent Curtains (the Rosler series) shows a Palestine villa with a Guernica wallcarpet. A copy of this painting of Picasso's hangs in the UN building in NY. When Colin Powell was requesting permission to bomb Iraq 2003, the US government ensured that it was concealed from the public by covering it with carpets." Tirdad Zolghadr

terça-feira, 17 de abril de 2007

Madame Tutli-Putli

Descoberto por acaso... a curta de animação Madame Tutli-Putli parece imperdível. O site de Jason Walker é lindíssimo e vale a pena ver a entrevista com o Chris Lavis e o Maciek Szczerbowski (os realizadores), e a Marcy Page (produtora).

A Suspeita, do José Miguel ribeiro foi, até agora, o filme de animação português mais premiado e, certamente, o mais visto. Pelo menos pelos meus alunos...

Em ambos a acção decorre num comboio. Entendo muito bem os motivos para que tal aconteça...

domingo, 15 de abril de 2007

Revolução

Foto do eprom, do MIT

Que os recentes avanços nas tecnologias da informação mudaram a forma como as pessoas se interrelacionam, é um dado inquestiovável. Embora, tanto o acesso como a posse dessas tecnologias, não esteja ao alcance de uma boa fatia da população mundial há, todavia, uma mais barata, com uma implementação mais fácil, mais simples e mais "independente".

Viva a democratização do suporte!

Indícios


Tempo de parar. De dar a ver, a ler e a interpretar o que o corpo insiste em exprimir...

Jardim, semiótica e norma

Foto da exposição "Na Dupla Sombra das Árvores" tirada à socapa, antes de ter sido convidada a sair do Jardim Tropical de Lisboa por transgressão das regras do jardim. DAMN !!!


Congresso Internacional Jardins do Mundo, por estes dias na Madeira.

Interessante programa, no entanto, não vi nenhuma sessão explicitamente dedicada quer ao aspecto semiótico quer antropológico do Jardim... DAMN !!!

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Publicidade e representações culturais

Da "nossa" parte quantos tabus já quebrámos? Só no Japão, ao nível da língua, uns quantos. E de fazer corar as pedras... da calçada...

domingo, 1 de abril de 2007

Mapas da ciência, modelos cognitivos


Research & Node Layout: Kevin Boyack and Dick Klavans (mapofscience.com); Data: Thompson ISI; Graphics & Typography: W. Bradford Paley (didi.com/brad); Commissioned Katy Börner (scimaps.org)

IV - Imagem e cognição

Percepções...
Duck-rabbit, Joseph Jastrow, 1899


Interessante o texto Connaître par l'image, de Jean-Pierre Meunier ... o dispositivo cognitivo e a transformação do pensamento (lamarkismos à parte) ...

Gramática visual

Impossível em qualquer frigorífico ...

ushpelhu

III - A Gramática visual

ushpelhu, 2006


terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Rewinding "It stands for" II


A pergunta que coloquei no post anterior foi a de saber como categorizar o real... Esta questão prendeu-se com a minha indisponibilidade para o exercício proposto: classificar um álbum de imagens à luz das categorias peircianas. Exponho aqui, agora, a minha resistência, a minha defesa, face a essa grelha…"Eu-produtora-de-imagens-não-quero-espartilhar-o-meu-olhar!" Foi mais ou menos isso que senti… como se a minha tentativa de classificação comprometesse ou corrompesse, perturbasse o meu plano, a minha mão, o meu instante… de produção do que, embora meu, não é mais meu…



Adiante! As imagens de Ushpelhu vistas à luz das categorias de Peirce ...


(continua)

sábado, 3 de fevereiro de 2007

"it stands for" I

Como categorizar o real na sua interminável fuga?
Olhos fechados.
Cera nos ouvidos.
Impermeável aos aromas, à temperatura.
Temporariamente indisponível...
Eis a minha imagem!
Stage I, Jim Hodges, 2005

sábado, 27 de janeiro de 2007

II - O signo visual

S _ Sô Surre, muito prazer !
P _ O prazer é todo meu! Carlujs Pirç, ao seu dispor ... Bem-vindo a Dia Cronia !
S _ Muito obrigado ! Também trouxe o saco da tralha, Sô Surre ?
P _ Sim, claro !
S _ Sabe, por acaso, onde pára o Digma ?
P _ Não faço ideia ... ou já partiu, ou ainda não chegou !
S _ hehehehehe ! Então, vamos lá à semiótica ...
P _ Semiologia, se faz favor !
S _ Ora ora ... deixemos as designações de lado, e vamos lá ao que interessa !
P _ De acordo ! Em Hindi ?
S _ Eu prefiro em Cree ...
P _ Como é que fazemos ?
S _ O que vier à rede..
P _ Muito bem ! Começo… que penduricalho é este ?
P _ Isso é um símbolo.
S _ Símbolo? De quê ?
P _ Da sorte. Esse nó, na china, significa sorte.
S _ Muito bem. O nó é o significante, e a sorte é o significado… eu chamo-lhe signo !
P _ Tudo é signo …
S _ Nem mais …
P _ É a sua vez !
S _ Olha olha, a Mari Line Mon Roi, vista p´lo …
P _ A trindade ! Sabe que ela é símbolo, indíce e ícone ...
S _ Mandou-me cá um indíce …
P _ Então? Como ?
S _ Está farto deste diálogo, não está ?
(desenvolvido. e muito aborrecido.)

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Cartografia IV

nomeia-me, 1.1


nomeia-me, 1.2


:)
Nesta brincadeira de representar visualmente o Mundo, pedi a três amigos (Thanks!), que me dessem uma imagem do seu trabalho. Estes títulos são pequenas provocações...

domingo, 21 de janeiro de 2007

Cartografia III

O«q» é o «p» que volta do passeio. (1.1)

A cobra fugiu,
mas os olhos que observavam
ficaram na erva. (1.2)

Era uma vez duas ervilhas que estavam encostadas uma à outra porque nesse dia estava muito vento e estando elas cansadas de rolar desejavam ficar onde estavam. Por isso se encostavam uma à outra fazendo muita força para não se separarem. Nesse momento passou um mergulhão. (1.3)

1.1 Ramón Gómez de la Serna
1.2 Takayama Kyoshy
1.3 Ana Hatherly

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Cartografia II

O princípio, 1.1

O princípio, 1.2


O princípio, 1.3

Cartografia I

de humanis corporis fabrica, 1.1

de humanis corporis fabrica, 1.2

de humanis corporis fabrica, 1.3

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Ciência e fotografia I

Os desenhos de Charles Darwin remetem-nos para um particular contexto histórico e ideológico de saber, no qual as ciências se foram apropriando do conhecimento do Homem, usando-o como objecto. A sociologia, a psiquiatria e a antropologia, entre outras, surgiram "num tempo de não declaradas perversões, que emergem no voyeurismo das práticas científicas, nomeadamente no estudo das diferenças das raças e dos costumes" (Serén, 1997:36). Na verdade, a expansão e consolidação do poder colonial europeu obrigou a que tudo o que fosse diferente tivesse de ser registado e coleccionado e, neste procedimento, os arquivos fotográficos guardaram colecções onde estavam tipificadas as "raças" superiores e inferiores, através dos traços morfológicos. "Alimentando tipologias não só dos doentes, mas também de temperamento e de povos; álbuns de crânios e hominídeos justificando a teoria de correspondência da inteligência com a dimensão do crânio e do cérebro" (ibid.: 39). Nesta perspectiva, os arquivos fotográficos coloniais, organizados nos museus franceses e britânicos constituiam a prova de "verdade" desta teoria e, consequentemente, eram também um modo de conhecimento, no sentido em que toda a fotografia trazida à presença do "espectador", seria uma "realidade" que, muito embora descontextualizada, servia de referente a uma área do saber.
Este quadro conceptual positivista, usou o "realismo fotográfico" como meio para legitimar as instituições e os valores duma sociedade colonialista. Também em Portugal surgiram colecções fotográficas feitas no vasto império colonial e, tal como em França, surgiram nos arquivos -- não só dos museus ou departamentos antropológicos mas também nas cadeias --, outros materiais susceptíveis de produção de conhecimento. Inspirando-se no trabalho desenvolvido em França, em 1890 por Alphonse Bertillon (La Photographie Judiciaire), é aberto no Porto um posto antropométrico no edifício da Cadeia da Relação. A análise da fotografia prisional produzida entre os finais do séc. XIX e início do séc. XX, em inúmeros estabelecimentos prisionais na Europa, revela a importância desta técnica e dos conhecimentos através dela obtidos para a ciência. No espaço da cadeia, o laboratório e o posto são os locais onde se faz a identificação dos detidos: os boletins de identificação dos reclusos contêm para além dos nomes, fotografias tiradas de frente e de perfil. Contêm também os registos das medidas antropométricas do crânio e da face, das indicações pessoais e dos sinais particulares dos reclusos.

Serén, M. C. (1997). Do Arquivo dos Preventivos à Tipologia dos Criminosos. Murmúrios do Tempo. Porto: Centro Português de Fotografia, (pp. 31-54).

Scientific Revolutions

Darwin's first sketch of an evolutionary tree from his First Notebook on Transmutation of Species (1837)

A typical satire was the later caricature in Hornet magazine portraying Darwin with an ape body and the bushy beard he grew in 1866.

domingo, 14 de janeiro de 2007

Impressão II

Tradução do texto presente na 1ª edição de 1515 da xilogravura de Dürer:
"No dia 1º de maio de 1513 (deve ser lido 1515) foi trazido da Índia para Lisboa, como oferta para o grande e poderoso rei Manuel de Portugal, um animal vivo chamado rinoceronte. Sua forma é aqui representada. Ele tem a cor de uma tartaruga salpicada (homopus signatus) e é coberto por grossas escamas. É semelhante a um elefante em tamanho, mas de pernas mais curtas e é quase invulnerável. Tem um forte e afiado chifre sobre o seu nariz, que ele afia nas pedras. O estúpido animal é, do elefante, o inimigo mortal. O elefante tem muito medo dele pois, quando se encontram, o rinoceronte corre com a cabeça abaixada entre as pernas dianteiras do animal e rasga-lhe o estômago com seu chifre, estrangulando-o, de modo que o elefante não pode se defender. Por ser este animal tão bem armado, não há o que o elefante possa fazer contra ele. É também dito que o rinoceronte é rápido, impetuoso e astuto."

"Nota: as informações contidas nos parenteses são do tradutor."

Albert Durer, 1515
Conrad Gesner, 1557

A extraordinária similitude entre a gravura de Gesner, History of Animals (não sei qual a técnica usada) e a xilogravura de Durer (1ª edição de 1515), levam-me a questionar a imagem enquanto construção do real. As duas imagens inserem-se no universo dos bestiários, nos retratos feitos a partir de descrições de animais observados e/ou imaginados. Estas colecções de representações do mundo animal e vegetal povoaram a Europa da Idade Média até ao Iluminismo, estando a sua provável origem na tradição oral. Conrad Gesner, botânico e naturalista do século XVI, viveu a sua curiosidade pelo mundo animal usando na sua obra uma técnica inovadora à época, a ilustração. Também ele não fez observação directa, ao que consta, de rinocerontes, mas é irrefutavelmente influenciado pela representação de Durer, ao ponto de ter de se procurar na água-forte do documento a autoria do mesmo. Esta dúvida, a autoria, remete-nos obviamente para outra questão, ou seja para a origem de determinada imagem, seja ela mental ou visual. Mas não é isso o que está neste momento em discussão. O que parece ser impossível, é fugir à assunção do facto destas imagens constituirem, elas próprias, conhecimento. De serem categorias de análise ao dispor do homem, no conhecimento do mundo natural.

Jan Jonston, 1660

Fontes consultadas:

http://www.artebr.com/lambelambe/historia.html

http://www.thebritishmuseum.ac.uk/compass/

http://www.humi.keio.ac.jp/treasures/nature/Gesner-web/highlight/html/sai1557.html

http://www.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/B/bestiario.htm

I - A natureza da imagem

"Imagens, cópias da realidade ou elementos construtores da realidade?"

Impressão IO tempo que passou entre a representação (desenho) que Durer fez do Rinoceronte, enviado por D. Manuel I ao Papa Leão X, e a de Gesner. Quarenta e oito anos de construção...